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Archive for the ‘música’ Category

Ao trocar as cordas da minha Fender Deluxe Player Strat, resolvi tirar o escudo pra checar como funciona o sistema dos captadores Vintage Noiseless e o botão ‘super-switch’ dela.

De cara, minha surpresa: o buraco na madeira é todo pintado com uma tinta escura, claramente para blindar o instrumento?

Mesmo por dentro, a madeira (ash) é realmente linda, e o acabamento azul (sapphire blue) dá um toque de classe ao instrumento.

A única coisa que não me agrada é o escudo, pois o brownshell é muito bonito, mas pra esta guitarra azul deveria ser perolado ou branco.

Voltando ao interior do corpo:

Os parafusos internos, roscas ao redor dos parafusos, tudo segue o padrão dourado do acabamento dela. Mesmo por dentro do escudo, eles não descuidaram do estilo e beleza.

Os pots de volume e tone são de 500K, embora tivessem me falado que eram de 1000k cada um.

O superswitch (que permite unir o captador da ponte ao braço, como uma tele) ocupa um grande espaço internamente. Veja abaixo, ao lado do potenciômetro:

Sobre as cavidades para os pickups, não é um buraco de piscina, mas o talho no corpo é grande e dá pra colocar um humbucking na ponte. Fica a idéia…

E o mais intrigante: o que é aquele buraco circular no corpo, abaixo dos captadores do meio e do braço? Será que a guitarra já está pronta pra um sistema killswitch (a la Tom Morello), pra desligar um captador? Vamos pesquisar…

Outro lance bacana é um código de barras inserido dentro da cavidade. Há também uma data escrita no escudo que infelizmente não saiu bem na foto (está bem apagado, pois é um datador em forma de carimbo).

Obs.: A poeira ali estava acumulada desde quando comprei o instrumento, porque a guitarra nunca foi aberta! E a pintura em dourado aos poucos vai oxidando, mas faz parte do processo, ‘né?

Estou pensando em trocar o escudo, e até mesmo os captadores, quem sabe até eu venda o kit escudo + caps inteiro. Let’s think about it!

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Bob Dylan – Street Legal (1978)

Bob Dylan – Street Legal (1978)

Mais um texto do meu amigo Pinda, compilado diretamente de seu Twitter.

por Alexander Pindarov

Street Legal é um disco bastante controverso… Lembro da minha amada professora de Inglês na Cultura Inglesa me emprestar esse disco e eu ficar surpreso com os timbres esquisitos. Mas eu via nas letras do Dylan algo fresco, até profético (e eu tinha uns 12 anos)…

Bob Dylan é um puta contador de histórias, um cara que tem letras muito bonitas e é controverso por natureza! ‘Street Legal’ foi lançado antes do também famoso ‘Slow Train Coming’ (1979). Dylan converte-se ao Catolicismo e escreve letras muito profundas, apaixonado pela descoberta de uma nova realidade… Quando a gente se apaixona, queremos expressar tudo o que sentimos…

Só que Dylan chega às raias do fanatismo religioso, que o cega na hora das gravações; Tornou-se uma pessoa impaciente com a música, ao passo que contraditoriamente, algumas coisas na vida pessoal começam a acontecer…

Desiludido na vida amorosa, envolve-se com uma das vocalistas do coro, com a qual tem uma filha cuja existência ele escondeu a até recentemente…

Para fugir das pressões de ter que se trancar em NYC ou no Alabama pra gravar, constrói em sua casa em Malibu um estúdio de gravação, o Rundown. E ali tudo era festa, e podia se gravar qualquer coisa a qualquer hora, e até comemorar aniversários de seus amigos famosos, como Eric Clapton – tal gravação virou um bootleg famoso do Slowhand, que tem, além de Dylan, Van Morrison e Billy Preston tocando às 08 da manhã já que a farra começara na madrugada!

Até acho que Dylan tinha que sair em excursão, e tinha que gravar um disco que refletisse essa farra toda.

Continuando com Streel Legal, as gravações começaram num caos total, pois ele quis se auto-produzir e seu estado de loucura (álcool, drogas) era tanta que no meio do caos,  Dylan gravou o disco ao vivo em 4 dias e suspeita-se que Clapton faça parte do line-up mas não tenha sido dado crédito ! Tenho na minha coleção um par de outtakes desse disco, no qual ouve-se claramente a guitarra do Clapton, em especial na música ‘Stop Now’

Após a gravação do disco Dylan sai em excursão (Rolling  Thunder  Revue), que de certa forma lhe foi favorável, mas deixou pra trás um disco mal costurado, soando uma merda…

Em 2000 este disco foi relançado, e por uma coincidência do destino, eu passeava por NYC onde, numa tarde de lançamento na Coconut Record Store,comprei uma cópia. Foi a oportunidade de voltar a um passado, onde haviam muitos sonhos, uma professora de Inglês que me fascinava e uma voz rascante, que eu pude reouvir. Dony de Vito foi o cara que fez uma nova mix, a partir dos 24 canais originais e trouxe um frescor pra esse disco angustiante, desesperado.

Pra encerrrar, a melhor música do disco e que faz parte da minha trilha sonora pessoal, que dedico à querida Marília Costa:

‘True Love Tends to Forget’

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Alguns comentários sobre o 1º Rock in Far, realizado neste domingo em Fartura-SP, dia 14 de novembro-2010.


A iniciativa do Vereador Filé, juntamente com amigos e apoio do comércio local, resultou num evento bacana, com bom público e várias bandas, de estilos e qualidades diversas. Entre os que trabalharam bastante no Rock in Far 2010, destaco o Luis Meneguel 20, o Duh Rodrigues, o Zezinho Alves, o Henrique Outeiro, Brunão da Banda Groove, Renan Cisco, Mengele e muitos outros.

Primeiramente, foi uma oportunidade para bandas e músicos iniciantes que nunca antes tocaram em palcos. Eu e a equipe do Márcio (Meg som) ajudamos a galera das bandas, ligando e regulando seus instrumentos.

Não cabe aqui falar em qual banda foi a melhor, até porque não foi uma competição, nem concurso, mas um festival para entreter o público e abrir espaço para as bandas tocarem.

E estimula até mesmo a criação de projetos, como o que montamos com membros de várias bandas, onde podemos tocar músicas diferentes do habitual, com total liberdade. Aliás, no blog do nosso Projeto, estão fotos do nosso show (Tirolfo Não Rodou).

Como músico, tenho interesse pelos equipamentos. Alguns merece comentário. De interessante entre os instrumentos, posso destacar:

No festival todo, tiveram 4 guitarras Ibanez, marca que os músicos associam a um rock com técnica determinação; A da foto é uma Joe Satriani:

O guitarrista Sonic, da cidade de Piraju, da banda Black Out (Cruela) trouxe uma Cort muito bonita e poderosa! O batera também trouxe muitos, muitos pratos, China inclusive.

Um guitarrista de Taguaí, da banda SkullPunk fez muito barulho com um pedal lata de sardinha, gostei de ver!

Essa mesma banda trouxe um baixista bem novo, o moleque deve ter pouco mais de 12 anos.

Enfim, as bandas que se apresentaram foram:

Whatever Slutty


Zumbitanol


Skull Punk


Futsplayd


Audio Ativos


Q Dablio


104 Dias


Black Out (Cruela)


Tirolfo Não Rodou


Bene Dita


E pra finalizar o evento, a banda Grau Etílico tocou mais que a meia-hora reservada para todas as bandas, e fechou com chave de ouro com clássico do Led Zep, Pink Floyd, AC/DC e muitos outros sons.

Destaque para o guitarrista Marco Felipe, que estava comendo a guitarra!

Importante destacar que não houve nenhum incidente ou briga durante o festival, o que prova que é possível sim fazer um evento de Rock sem associa-lo a badernas, sujeira e bagunça.

Deixe seu comentário, diga o que achou e sugestões para um próximo evento. #rockinfar

Marcelo Donati

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O Vereador Luciano Filé, juntamente com amigos e apoio do comércio local, estarão organizando um Festival de Rock em Fartura-SP no próximo dia 14 de novembro.

O Rock in Far 2010 será realizado na tarde toda do domingo, na praça local da cidade, em frente ao banco Santander, que gentilmente cedeu seu estacionamento coberto para abrigar o palco.

O nome foi minha sugestão, e com a ajuda de muita gente, inclusive o Luis Meneguel 20, o Festival conseguiu criar vida, virar algo concreto, com palco, várias bandas, brinquedos para as crianças, seguranças, palestras sobre drogas e DTS’s e muito mais.  Serão distribuídos troféis para as bandas participantes.

Algumas bandas já estão confirmadas para o Festival:

* Audio Ativos – Fartura-SP

 

Bene Dita Fartura-SP

Vídeo da música “Depois do Erro” da banda Benedita:

 

Tirolfo Não Rodou Fartura-SP (projeto, do qual faço parte e reúne músicos de 3 bandas da cidade)

não copie este texto. Copyright by Marcelo Donati

Reverse xD, – Avaré-SP (no twitter –> @reverse_xd)

Clipe da música “Mudaremos” da banda Reverse xD:

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* Grau Etílico – Botucatu-SP

Dois vídeos da banda Grau Etílico:

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* Q.Dáblio – Fartura-SP

não copie este texto. Copyright by Marcelo Donati

* Zumbitanol – Taguai-SP

Zumbitanol tocando música de Rob Zombie:

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* Whatever Slutty – Fartura-SP

não copie este texto. Copyright by Marcelo Donati

* Futsplayd – Fartura-SP

Futsplayd tocando Creep, do Radiohead:

não copie este texto. Copyright by Marcelo Donati

* SkullPunk – Taguaí-SP

Grupo Skull Punk tocando Ramones:

não copie este texto. Copyright by Marcelo Donati

* Black Out – Piraju-SP

não copie este texto. Copyright by Marcelo Donati

Obs: se as bandas citadas tiverem site, blog, twitter ou link de vídeos, mandem para o e-mail: marcelodonati@gmail.com que eu atualizo este post.

Marcelo Donati

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Assunto muito discutido entre comunidades de guitarristas: qual o melhor timbre? como melhorar meu som? qual guitarra me dará o melhor som? onde está o segredo do timbre? na guitarra, nos pedais (efeitos), ou nos amplificadores?

O timbre está nos seus dedos, na sua pegada, no seu estilo. O jeito com que você regula a equalização, o volume, o modo como digita e palheta, sua impressão digital musical é única.

Já tinha ouvido conclusões como esta acima, mas senti na pele essa constatação esses dias.

Recebi de um amigo cantor um DVD feito de um VHS de um show que ele realizou em um festival da cidade no ano de 1997. E eu estava tocando na banda formada para acompanha-lo.

Pois bem, estou eu lá no vídeo, magrão, narigudo, camisa sobrando pelo corpo esquálido, andando pelo palco meio nervoso, e tocando com o seguinte setup (o que eu lembro):

Uma guitarra Aria Pro II Magna Series, com escala de maple, um captador humbucking e dois singles;

Um pedal Super Overdrive da marca Chorus (nacional?), para os solos e talvez um DD-3 emprestado;

Um cabeçote e caixa Marshall (opa, que beleza!) que fazia parte da sonorização do palco (ah….).

Mas enfim, a não ser pela magreza, e pelas notas inseguras, solos meio sem coesão e bases não muito firmes, é o mesmo som que tiro hoje, com um setup completamente diferente.

Claro que sinto e acho que estou melhor hoje (tomara!) tecnicamente, não sou um Malmsteen nem nada disso, mas primo mais pela coesão, ligados, e bases mais adequadas para cada estilo musical. Mas o timbre já está lá, o estilo já está presente desde quando comecei a tocar semi-profissionalmente. O timbre já está nos dedos, seja isso bom ou ruim.

PS: Uma história engraçada/trágica sobre o show deste dia é que o tecladista, momentos antes do show, começou a tirar de ouvido uma música que tocava nos falantes do festival, mas o tom não batia com o teclado, então ele mexeu na afinação do teclado em alguns microtons e NÃO VOLTOU À AFINAÇÃO ORIGINAL!

Conclusão: o show começou e os instrumentos não batiam afinados! Eu rapidamente fui ajeitando minha guitarra pra entrar no tom, já que achei que o problema era com minha guitarra de difícil entonação, mas o contrabaixo ficou o show inteiro semitonado!!! Dá desespero ver o baixista fazendo solos, licks e puxadas totalmente desafinadas! E ele nem percebia, pois estava bem no canto do palco, curtindo o som do Hartke que puseram no palco. Triste… e engraçado!

Marcelo Donati – 04/11/2010

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O grande amigo e audiófilo renomado Alexander Pindarov conversou comigo via Twitter e falou um pouco sobre compensação, compressão e equalização de Cds e LPs. E deu valiosas dicas. Confira os trechos mais importantes desse bate-papo virtual!
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Alexander Pindarov: Van Halen – “1984” foi  o primeiro CD que analisei tecnicamente . Ele usa o sinal P-Q e a pré-ênfase pra adequar o sinal.
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Como assim? Explique melhor.

O CD, como foi inicialmente concebido, incorpora sinais pra indicar ao equalizador se tem q colocar ou retirar agudos, como o Dolby. Isso porque, aparentemente, nos primeiros conversores D/A havia muito ruído de quantização que mascarava o sinal. No vinil, usa-se a curva RIAA, padronizada nos anos 60. Apesar de existirem outras formas de compensação.
O vinil tem uma limitação física pra corte de acetato e pra fazer com q ele tenha um som quente, ao invés de masterizar antes do corte, há mais uma etapa de pós-masterização.

Algumas empresas de corte tornaram-se famosas como, por exemplo, a Masterdisk, muito usada pelo Steely Dan, que davam aquele som nova iorquino.

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Há também engenheiros famosos como o Greg Calbi e o Doug Sax, até hoje atuantes na área, que cortam acetatos como o manjar dos Deuses!
O próprio porra-louca do Rudy Van Gelder (da Blue Note) é um outro exemplo, só que ele acompanhava TODAS as etapas!
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Nos meus top de corte de acetato figuram a Barclay Francesa, que quase não usa compressão, a JVC famosa pelos vídeo-discos, e tem a Teldec que é empresa de Corte da Warner Alemã.
Os japoneses são excelentes na prensagem e não no corte… Acho q eles seguem a escola californiana: muito agudo e compressão a toda!
O problema do CD, assim como o Vinil é que o custo dos conversores caiu de uma forma tal que é muito mais fácil hoje fazer um master MLP sem compressão com 20 ou 24 bits e atochar o volume sem q o som fique rascante.
É só você ouvir os novos lançamentos da Rhino Handmade, por exemplo! Bate qualquer vinil que conheço!
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A MFSL (mobile fidelity sound lab) é um caso à parte porque ela usou a tecnologia da quadrifonia Cd-4, que requeria agulhas e massa vinílica especiais com lubrificantes adequados e a tecnologia desenvolvida nos anos 30 pra corte à meia velocidade. Isso aqui no Brasil seria o máximo!
Eu ia dar de presente para um músico que admiro muito, e encontrei um cara na Alemanha que faz o corte do tipo DMM a meia velocidade por um preço razoável, mas me chateei com algumas coisas e decidi usar o vinil prum projeto q tenho em mente. O corte, aliás, poderia ser em 45 RPM, como uma série nova da Blue Note… Ou você corta à meia velocidade e reproduz na nominal ou corta em 1,5x, e o som fica chapante. É só pegar um compacto americano e comparar com a versão da música no LP ou cd, por exemplo.  Normalmente disco americano tem som ruim.
A Warner quando quer um corte melhor, manda pra Masterdisk ou a The Cutting Room e a Capitol pra Masterdisk… mesmo assim são barulhentos!
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Mas nada se compara com o vinil brasileiro… é de doer!
Os russos normalmente tem um bom corte, feito na Teldec … O melhor q já ouvi até hj foi um vinil chileno da Mercedes Sosa…  über surreal!
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Mas e os vinis brasileiros atuais (produzidos pela Polysom)? O que diz?

Olha, ainda não recebi nenhuma amostra da Polysom, mas tenho um da Rita Lee (Rita Hits), que saiu pra DJs e ainda é barulhento.
Talvez nesses lançamentos mais recentes, a Polysom tenha se esmerado e som esteja melhor, mas não posso opinar sobre o que ainda não tive a oportunidade de ouvir!
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Outra informação importante: Existe uma etapa que muita gente desconhece é que quando você prepara o master final, por exemplo, num Sonic Solutions e manda o cd Master ou uma DLT (fita digital). Na fábrica há uma avaliação adicional pra verificar a consistência de dados e isso, se mal feito, ALTERA completamente o som!
Exemplo clássico e documentado: Two Agains Nature do Steely Dan! Roger Nichols cortou a referência na Masterfonics em Nashville, e soou perfeito… Qdo foi pra JVC em L.A. e ele ouviu o teste de prensagem ficou horrorizado com o som (e ainda por cima na versão final Fagen reclamou q os selos do disco não foram com a cor q ele pediu!).
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E sobre as diferenças entre o processo de corte e masterização de hoje em dia com o processo no passado?
Antigamente,o engenheiro de masterização acompanhava o corte de acetato e o produto final ficava ótimo! Hoje você prepara tudo no teu home-studio, manda, p. ex.,  pro Classic Master aos cuidados do Mago Carlinhos Freitas via Digidelivery, ele te manda a prova e, se estiver ok, ele manda via Digidelivery (internet) também pra fábrica e você só vê o resultado muito tempo depois.
Tornou-se muito industrial pro meu gosto! Antigamente, o artista e o engenheiro acompanhavam tudo de perto.
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Para finalizar, deixe alguma dica, sugestão de discos soberbos, silenciosos ou que sejam exemplos de corte.

Posso falar do que já ouvi : por exemplo, Abbey Road (The Beatles) de 200g da MFSL é um doce! Inclusive, saiu uma reportagem na revista Audio Música e Tecnologia sobre a remasterização dos Beatles, em especial a resenha do Sólon do Valle que fala exatamente o que eu penso!

As edições com OBI japonesas do Led Zep, Steely Dan e a maioria dos artistas que não foram editados nos EUA em CD são fantásticas. O ‘Canta Canta, Minha Gente’ do Martinho da Vila, edição japonesa é fantástico também!

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Muito obrigado, Pindarov, por partilhar um pouco da sua sabedoria conosco!

(Marcelo Donati, Agosto 2010)

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Tirei o pó e o mofo deste blogue para mostrar, com muitas fotos, as modificações feitas numa guitarrinha baratinha gastando-se muito, muito pouco!

Do início: Toco em uma banda pop sem teclado, onde as melodias ficam quase todas pro sax, e cuido de todas as bases, junto do baixo. Portanto, a guitarra é sempre presente, e precisava de uma guitarra extra para o caso de quebrar alguma corda no meio do show.

Com base nisso, pesquisei com amigos a aquisição de uma guitarra barata (beeem barata) já que ela seria apenas a reserva do time.

Enfim, achei com um amigo de um amigo que não tocava mais uma guitarra Eagle encostada, com os pots de volume e tone travados (que quebraram assim que eu pus a mão!!). Negociei a guita por R$ 200,00 (duas vezes de 100, que a coisa ‘tá dura). E já comecei a pensar nas mods.

Guitarra Strato ‘Eagle’, cor creme – 2 singles, 1 humbucking – headstock pintado, alguns adesivos e muita poeira.

Foi o que eu disse, muita poeira! E cheia de mal-contato

Ninguém merece uma guita bico de papagaio…

Bom, primeiro passo, desmontar tudo e ver os estragos e o que precisa ser trocado.

”Tira este adesivo aí, por favor’

corpo da guitarraPra que um buraco deste tamanho se eram 2 singles???

Bom, primeiro passo, depois da limpeza, foi blindar o interior do corpo e o (novo) escudo da guitarra. É preciso criar um isolamento na parte elétrica porque os captadores singles tem um ruído de 60 ciclos (aquele ‘humm’ chato). A blindagem amortiza bastante este ‘humm’.

Graças às dicas passadas pelo ‘radical’ brother Aldo Bueno, comprei folhas de alumínio para fogão, e usei fita dupla face para fixar.

Alumínio e fita comprado em loja de 1,99, 1 pacote de folhas para fogão dá.

É, não ficou lindo, não sou o melhor do mundo em acabamentos, mas enfim, serviu.

Na hora de fechar com o escudo, eu aparo as bordas que sobrarem

O ESCUDO

O escudo original era branco, com uma camada só,  no formato H-S-S.

Como estava pensando em manter uma aparência S-S-S, resolvi trocar de escudo. Lembrei que tinha em casa um escudo original de uma Fender Southern Cross de 1993. O escudo já estava um pouco ‘relic’ por ter quase 20 anos, tem 3 camadas, e adesivo interno com inspeção da Fender USA.

Cortei o alumínio em pequenas tiras para facilitar o processo

Detalhe do escudo Fender original com 3 camadas

Depois do escudo ‘chapado’ com o alumínio, é hora de fazer os furos

Saca-rolhas para fazer furos?? É o que tínhamos…

Escudo devidamente blindado e furado

A PARTE ELÉTRICA

Como disse, na hora de girar os pots de volume e tone, o 3 quebraram!! Além disso, a parte elétrica acumulava poeira, mal contatos, e fiação bem ruinzinha, principalmente nos caps.

Ao invés de comprar só os pots, resolvi comprar um kit que achei no Mercado Livre. O vendedor disse que comprou todas as peças e montou um ‘kit genérico’, com 3 caps singles, chave seletora, 3 pots de 250k, escudo de 3 camadas, capas dos knobs e os parafusos para fixação. Tudo isso por R$ 70,00 – sei que não dá pra fazer milagres por este preço, mas achei melhor trocar toda a parte elétrica e até que não gastei muito!

Lá o escudo blindado e aqui o kit novo, comprado no Mercado Livre por R$ 70,00

No escudo dá pra ver as indicações da resistência de cada captador (provalmente, chineses), de saída bem baixa mesmo.

Como a guitarra original tinha um humbucker, e eu queria uma guitarra mais versátil, fui à caça de um cap humb em formato single, e acabei achando no Mercado Livre um Kent Armstrong usado em bom estado por R$ 50,00. Sei que não são grande coisa, mas a proposta é fazer uma mod barata, lembram?

Captador Kent Armstrong Mini Humbucker Hot Rails – 13k

Tirei o genérico da ponte para colocar o Kent Armstrong

Eu só achei meio estranho não ter capinha e por não ser branco, ficaria mais clean o visual

O BRAÇO / HEADSTOCK

A idéia original era tirar o logo da Eagle, bem como aquela tinta branca do headstock. Temi que houvesse algum nó na madeira, mas pra minha sorte, é lindo o desenho! Ah! E foi tirado o bico de papagaio da ponta do headstock, deixando um visual mais tradicional

Detalhe: na ponta do headstock, é perceptível uma mancha amarela, fruto do teste em usar uma cera líquida caseira amarela. Ficou horrível!

Continuem ignorando as manchas amarelas da cera líquida, por favor…

Bom, a partir daí, com a tinta retirada, e o teste com a cera líquida, lixei com gosto todo o braço.

Usei 2 lixas: 200 (grossa) e 1200 (fininha). Na minha cidade, não achei meio termo, só essas duas mesmo, mas o certo seria usar 100, 200, 400, 600, etc. até chegar num ponto bem liso. Mas consegui um bom resultado com a lixa 1200.

Feito isso, foram passadas 2 mãos de seladora e cera de carnaúba para ‘envelhecer’ a cor do braço e dar um ar mais natural:

Escurecida com a cera de carnaúba

Eu particularmente gostei do resultado

Vejam o quão bonito são os veios naturais do headstock

Um olhar mais aproximado

Tarrachas recolocadas

Escudo ‘vintage’ com parafusos novos

Com cordas novas e uma correia velha, a guitarra está pronto pr’o uso!

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Queria deixar claro que não sou luthier, e os processos de corte do headstock, pintura do braço e aplicação da cera de carnaúba, bem como a soldagem da parte elétrica foram feitas por outras pessoas, em geral amigos que não cobraram nada pelo serviço!

E é importante frisar que a guitarra já possuía qualidades indispensáveis:

* Tem tarrachas que seguram muito bem a afinação;

* Já havia sido regulada e estava com uma ação baixa e perfeita;

* O braço é inteiriço; e

* O corpo é de madeira sólida.

Portanto, pra quem desejar adquirir um instrumento barato para modificar, é importante atentar para estes pontos cruciais!

SONS:

A guitarra ficou tão bacana que me inspirou a compor um tema meio ‘satrianesco’, só me faltou a técnica necessária. Mesmo assim, compus e gravei o tema, chamado ‘Saturn’ Cream‘ usando só o captador da ponte, que EM NADA lembra uma strato tradicional:

Clique para ouvir Saturn’ Cream

VÍDEOS:

Um teste simples com o captador do braço e meio, gravado com o microfone na boca do amp, um Fender Stage transistorizado:

Até os 37 segundos usei a chave seletora no 4 (braço+meio), e depois usei só o cap do braço

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E uma base de blues que eu criei especialmente para improvisar com esta nova guitarra:

No começo do vídeo, usei um OCD clone. A partir de 1:21 é só a guitarra limpa. Os caps usados são apenas o neck e o neck/middle

E é isso. (Marcelo Donati, em 31 / Julho / 2010)

(Marcelo Donati, em 31 / Julho / 2010)

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Tim Maia – With no one else around (1978)

You left me lonely and you left me thinking why
You do those things to me
Oh, no, I know you need some time to realize
Oh Waiting settle down to remind of you
Oh those years, oh those years
We lived together, baby, oh baby

I can guarantee, only you and me
With no one else around
Just call my name / If you be the same
With no one else around
Oh, baby, oh baby

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Review: Slash (2010) Slash

Após resenhar o disco novo do Guns ‘n’ Axl Rose ano passado, julgo-me no dever de criticar este lançamento de Slash, apinhado de participações especiais e com versões bônus, além de uma releitura do sucesso de sua ex-banda, Paradise City.

A primeira faixa (Ghost) me remete de cara os bons tempos de FM anos 80/90, com a voz de Ian Astbury, quando estava à frente do The Cult, famigerado rock de arena para as rádios. Esta música é daquelas prontas para o single, curta duração, direta ao ponto, com a voz de Ian casando com a guitarra típica e única de Slash. Aliás, os riffs e solos de Mr. Saul Hudson são os motivos principais para o Cd, certo?

Em parte, sim. Mas o guitarrista tira de sua famosa cartola várias truques do show-business, como encher o disco de participações, fator que alavanca o lançamento e divulgação do disco.

A segunda faixa (Crucify the Dead) é prova cabal disto, com os vocais de Ozzy Osbourne, e com letra cifrada que parece criticar Axl, motiv0s de sobra pra promover um disco. Música que parece extraída dos álbuns solo de Mr. Madman, com Slash emulando a fúria de Zakk Wylde. Vale ressaltar que ambos já haviam gravado juntos.

Beautiful Dangerous‘ conta com a voz de Fergie, fator que por si só já vai agregar milhões de ouvintes para o trabalho solo de Slash. A canção em si flui bem, e Fergie se dá bem cantando rock. Seria uma espécie de substituta para Axl com seus vocais rasgados e agudos? Bom, seria uma faixa em que funcionaria muito bem o vocal do líder do Guns… O ápice da faixa é mesmo o solo, a Les Paul grita na nossa cara os bons tempos dos 80’s rock!

A cadenciada ‘Back From Cali‘ traz o vocalista do Alter Bridge, Myles Kennedy, com um riff de guitarra mais suave. Myles inclusive excursionou como vocal da banda de Slash.

O ex-frontman das bandas Soundgarden e Audioslave, Chris Cornell, imprime uma característica única na faixa ‘Promise‘, que possui refrão bem construído e riffs de apoio bem marcantes. Esta faixa daria um clipe interessante, já que o solo de Slash ‘conta uma boa história’. E o interlúdio, com baixo distorcido, mostra uma nuance inteligente para voltar ao refrão e aos riffs finais.

O primeiro single do disco é a porrada hard blues ‘By the Sword‘, cantada magistralmente pelo vocalista e guitarrista do Wolfmother, Andrew Stockdale. Um petardo rock’n’roll onde guitarra e voz formam um amálgama digno dos classic rocks! Destaque para a dinâmica do solo, com um crescendo instigante.

A primeira balada do disco é Gotten, onde Slash entrega as letras para Adam Levine entoar um canto suave e melhor que as melhores baladas do Maroon 5.

Slash fica endiabrado na faixa Doctor Alibi, talvez influenciado por Lemmy Kilmister, que canta aqui bem melhor do que no Motorhead! Mais uma porrada na orelha!

A bateria de Dave Grohl e o baixo de Duff McKagan dão peso extra a Watch This, a primeira faixa instrumental do álbum, fantástica, que deixa um gosto de ‘quero mais’, e nos deixa com a dúvida: será que teremos para breve outro supergrupo no mercado?

A segunda balada do disco é ‘I Hold On‘, com Kid Rock, onde só se salva mesmo o solo. Próxima!

Opa, beat acelerado e vocais raivosos dão o tom em ‘Nothing to Say‘. Bela música, com os vocais de M. Shadows, do Avenged Sevenfold. Os backing vocais lapidam a faixa, que ainda dá de brinde uma fritação de Slash, um verdadeiro solo chuta-bundas.

Mais uma balada chegando… Myles Kennedy volta na faixa ‘Starlight‘. Midtempo com vocais altos, bateria levando um groove cadenciado e pouca instrumentação, pra manter um clima cool. Solo rápido com drive mais clean que o habitual. Ficou um gosto de Gov’t Mule e folk rock na cabeça…

Saint is A Sinner‘ é uma faixa experimental do álbum. Acústica, densa, com os vocais de Rocco DeLuca, que também contribui com os violões. Aqui, Slash tenta encaminhar um solo de violão a lá “Patience”, mas com resultados sonoros totalmente diferentes, marciais e estranhos à proposta do disco.

Slash Volta ao rock’n’roll e termina o disco com ‘We’re All Gonna Die‘, com a participação do indefectível Iggy Pop, com aquele climão todo setentista, que tanto faz bem a nossos ouvidos. Lembra as composições do Duff Mckagan, classic rock com um pé no punk, e uma base grave para os solos de Slash.

Mas ainda não acabou! Há vários bônus, lançados de acordo com cada país ou mesmo pela Internet no I-Tunes. Listando todos:

* Sahara, com Koshi Inaba, possível próximo single do disco, pela pegada agressiva cheia de riffs grudentos.

* Chains and Shackles, com Nick Oliveri do Queens of the Stone Age. Soturna, afinação baixa da guitarra nos riffs stoners. Vocal gritado, mas com backing vocals lapidados pra não perder a veia pop. Solo cheio de fuzz e interlúdio sinistro.

* Paradise City, atualização hip hop do sucesso do Guns, pra alavancar as vendas do disco, com Cypress Hill e Fergie. Contagiante!

* Mother Maria, com Beth Hart – Lentona, acústica, belo solo quase clean da guitarra.

* Baby Can’t Drive, com Alice Cooper, Nicole Scherzinger, Steven Adler & Flea. A faixa com mais participações tem todo clima de arena rock. Refrão perfeito, licks faiscantes, e o vocal da líders das Pussycats Dolls é ao mesmo tempo sensual e gritado, combinando com Mr. Cooper. O solo dessa música nos fazer pensar que Slash deveria lançar um disco solo instrumental. Pois idéias o cara tem muitas ainda na cartola…

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Ed Motta não é a única voz solitária que atestava há muito a genialidade de Johnny Alf, e a sua amplitude frente a artistas ditos maiores de nossa música como João Gilberto e principalmente o Maestro Soberano Jobim. Vide a matéria da Revista Época nº 616.

Todos citados acima são estrelas de primeira grandeza. A diferença é o status e a humildade – Johnny Alf foi o único que nunca escondeu suas referências e influências, e mais: fez dessas influências uma música altamente rica e original -.

Abaixo, screen da matéria da Revista Época desta segunda semana de março. Apreciem e entendam!

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Just a simple list.

The year of my birthday (1976) brought out to the world some nice albuns, here my ever unfinished list:

Tim Maia (1976) Racional Vol.2

Archie Bell & The Drells (1976) Dance Your Troubles Away

Bob James (1976) Three

Brass Construction (1976) II

Dexter Wansel (1976) Life on Mars

Heatwave (1976) Too Hot to Handle

Hi-Fi (1976) Performance

Hummingbird (1976) We Can’t Go On Meeting Like This

Ike White (1976) Changin’ Times

Jackson 5 (1976) I Want You Back EP

Kid Dynamite (1976)

Kool And The Gang (1976) Open Sesame

Leroy Hutson (1976) Hutson II

Starcrost (1976)

The Crusaders (1976) Southern Comfort

Larry Carlton (1976) Singing Playing

Pat Metheny (1976) Bright Size Life

Johnny and Edgar Winter (1976) Together

Steely Dan (1976) The Royal Scam

Genesis (1976) A Trick Of The Tail

Peter Frampton (1976) Frampton Comes Alive!

Boston (1976) – Boston

Boz Scaggs (1976) Silk Degrees

Deep Purple (1976) Made in Europe

Eagles (1976) Hotel California

Tommy Bolin (1976) Private Eyes

Frank Zappa (1976) Zoot allures

George Benson (1976)  Breezin’

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Did I forget anyone? Of course!

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From True Fire DVD Lessons.

Here an bit excerpt from Larry Carlton 335 Master Class:

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Recomendadíssimo este disco de 76 do Boz Scaggs.

tracks:

01 – What Can I Say

02 – Georgia*

03 – Jump Street

04 – What Do You Want The Girl To Do

05 – Harbour Lights*

06 – Lowdown*

07 – It’s Over

08 – Love Me Tomorrow

09 – Lido Shuffle

10 – We’re All Alone

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caipiras depois do casório

Lá na roça, um menino e uma menina foram criados juntos, desde que eram bem miudin…
O tempo foi passando, passando, eles foi creceno, creceno.
Aí se casaro.
No dia do casório, sacumé, povo da roça nao viaja na lua de mér, já vai direto pra casinha de pau a pique.
Chegano lá na casinha, o Zé, muito tímido, vira para Maria e fala:

– Ó Maria, nois vai tirano a rôpa, mais ocê num mi óia, nem ieu ti óio, vamu ficar dis costa.

Maria responde:

– Tá bão Zé. Intaum eu num ti óio e ocê num mi óia, cumbinado.

Nisso Maria abre a malinha de papelão novinha que ganhou do pai, tira a camisola que ganhou da mãe.
Maria tira a roupa. Ao vestir a camisola notou que a mãe tinha lavado, ponhou no sór pra módi quará e ficá bem branquinha.
Tava um capricho só a camisola.
Só que a véia pra mode branquia a camisola, lavô dimais qui incurtô a dita prá mais di parmo e usou goma demais prá passar a camisola, deixando muito engomada.
Maria então diz:

– Meu Deusducéu, cuma é qui eu vô drumi com um trem duro e piquininim desses?

Aí o Zé fala:

– Ah Maria! Assim num vale! Ocê mi oiô, né?

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